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Se desse para...

... escolher qualquer lugar, para fazer as malas e viajar agora, o destino estaria definido: a minha vida. De quilômetro zero até o mais atual.
Colocaria pouca coisa na mala, e ficaria passeando, observando de fora tudo o que aconteceu, desde que eu nasci. Visitaria os pontos turísticos: cada sorriso, cada choro, cada festa de aniversário, cada surpresa...
Entraria nos museus históricos dos meus momentos e pensaria, aliviada, que certos deles já passaram.
Lembraria com nostalgia que outros já se foram. Confirmaria, mais uma vez, que a saudade é a maior prova de que o passado valeu a pena. Acho que eu não ia levar ninguém; ia aproveitar pra ver de novo cada pessoa que passou pela minha vida.
Se tivesse chance de dar dicas a mim mesma falaria para aquela menininha morena, de cabelos lisos não se preocupar tanto com as provas, e curtir mais os 11 anos.
Falaria, também, pra ela se acalmar, pois ainda iria encontrar pessoas que fariam a  palavra amizade ganhar mais sentido. Pediria pra ela nunca perder a sede de viver, sorrir e amar. Talvez com isso eu tivesse a chance de fazer tudo diferente. Eu gosto de constatar, com um sorriso, que a maioria absoluta das coisas eu faria exatamente da mesma forma. Ao retornar ao presente, com o passar do tempo, eu vou pedir pra viajar de novo. Voltar aos 16 anos. E tomara que eu constate que, outra vez, não mudaria quase nada.

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